segunda-feira, 3 de maio de 2010

...

E pra que voltar no que já se foi?
Insistir em algo que no fundo nunca dará certo.
Sonhar com algo,
Alguém que não considera a altura.
E pra que me desgastar tanto?
Se eu sempre soube que nunca estaria entre as suas prioridades.
É sempre como me sinto quando você vai embora,
Alguém que te faz companhia quando está só.
Já parou pra pensar como eu me sinto?
Não.
Se te fizesse tão bem assim,
Talvez ao menos um pesar ao ir embora,
Como sempre faz.
Sem saber o motivo e sem entender.
Ou talvez seja evidente demais a realidade diante de meus olhos.
É devastadora sua presença,
Euforia, certeza de solidão.
Sei que quando as coisas melhoram,
Viro passado, um passado invisível e sem notoriedade.
Fico restringida a momentos,
Não tão lembrados, mas não esquecidos.
Por favor, os guarde.
E as vezes me pergunto, será?
A certeza do não se faz cada vez mais evidente.
Talvez o dia chegue, talvez seja o contrario.
Mas até lá, apenas sinto sua presença em pensamento,
E a desejo mais que tudo.

terça-feira, 30 de março de 2010

...

Eu diria um talvez.
Um dia.
Estranho no mínimo seria..
E como, e tanto e quanto!
Me assuto, paro e fico olhando.
Lembro de tanta coisa.
De tanto e de nada,
Vontade porém desencontro.

Medo.
Fito com receio.
Expectativa de momento.
Decepção contínua, rara passageira.
Esperança conformada de algo que não mais se espera
Mas que continua viva em algum lugar dentro de mim.
Sensação estranha,
Motivação, esquiva, timidez.
Não sei o que dizer!
Melhor não dizer nada.
Sinto, tenho colocado tudo a perder.
A te perder...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

...

Aguardava a chegada.
Uma noite de devaneios diversos, sem muito sono.
Espera desleal, torturante, ansiosa.
Tarefas por fazer, idéias as mais malucas possíveis
Mas nada te tirava dos meus pensamentos.
Nada mais importava,
A não ser a contagem dos segundos para o encontro.

A manhã não passava,
O tempo quando podia, nos atrapalhava.
Cada momento parecia uma enorme eternidade.
Seria uma espécie de saudade?
Saudade de alguém que não se conhece
Mas que sente falta de estar presente?
Não sei, não administro e nem entendo muito bem esses conceitos.

Algumas horas se passaram,
O encontro se aproximava,
A vontade de ter em meus braços transcendia qualquer obstaculo possível
Será que sabia? Que podia imaginar tal vontade?
Como reagiria? Seria algo mútuo?
Ou seria pretensão demais esse desejo?
Pretensão ou não era forte, vivo e difícil de ser contido.

Logo ao longe avistei sua presença.
Seu jeito e olhar não me eram estranhos,
Apesar de nunca antes os terem por perto.
Eu sabia, eu tinha plena certeza de que era certo.
Diante de mim estava noites e dias de sonhos.
Faltam-me palavras para descrever a sensação que tomava conta de mim.
Mistura inexplicável de sentimentos, jamais sentida antes.
Vontade de poder me aproximar
Preocupação por não saber o que dizer ou como me portar
Alegria por algo tão desejado alguns momentos ao meu lado estar.

Logo a timidez se cansou.
Carinhos, carícias, beijos, abraços.
A cúmplicidade era visível,
Não apenas nas deliciosas conversas,
Mas nos olhares, em cada beijo, em cada toque.


A partida era temida, mas necessária.
Promessas foram feitas, desejos reafirmados.
Os últimos carinhos foram trocados.
O que nos resta é a esperança.
Espera do proximo encontro, sempre com a nossa inesquecível lembrança.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

...

Posso ser infinito, posso ser odio,
Posso ser a mais pura verdade,
A pior das ilusões.
Posso ser medo,
Posso ser solidão,
Posso ser dor e paixão.
Julgamento ou sofrimento
Mas também luz e a esperança.
Posso ser influência,
Talvez razão de alguma existência.
Posso ser compaixão,
Perdão, verdadeiro ou da ocasião.
Mas ao cair da noite serei eu,
Eu e nada mais
Despida de qualquer pensamento ou conceito
Mas tomada por sonhos, desejos, vontades.

Eu tento, mas nada mais me importa.
Viver tem sido o meu grande objetivo,
Não tenho mais pensado no que esperam de mim.
Expectativas são frustrantes, em sua grande maioria
Ser feliz transcende o limite em satisfazer meros gostos
Vontades alheias.
Realizar sonhos que não são seus é ser desleal consigo,
É sabotar-se diáriamente, decadência, infâmia.
Consiste em você, e apenas em você.
Crie coragem, voe para dentro de ti
Onde está o verdadeiro infinito.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Um grito..

Terminar um relacionamento é sempre ruim. Mesmo que existam mágoas é extremamente difícil. Parece que um sentimento de solidão toma conta. Como se sem a pessoa ao seu lado a vida perdesse o sentido e a graça.
Não sei se alguém já se sentiu como tenho me sentido ultimamente. É uma sensação estranha, que me tira a vontade e o prazer em fazer tudo que talvez possa me deixar mais feliz. Parece ser uma mistura de culpa e uma estranha idéia de perda, que tem me roubado noites de sono e a serenidade.
As vezes me sinto tão culpada, as vezes acho o contrário. Tudo fluiu de uma forma que parecia tão natural, quando me dei conta já estava fazendo loucuras com a minha vida, mudando o que sou, o meu jeito de ser. Tudo. Acabou da mesma forma como começou, rapidamente.
Foram os meses de dias mais felizes e mais infelizes da minha vida. Acho que nunca mudei tanto em tão pouco tempo. Me tornei outra pessoa. E hoje, me encontro em um dilema. Perdi a minha personalidade, não sou mais a pessoa que era antes do namoro e nem quero ser a pessoa que fui durante o namoro. Ou seja, não sou o que eu era e não quero ser o que tenho sido. Eu simplesmente não sei mais quem eu sou e quem eu quero ser. Uma triste ironia pra uma pessoa que sempre teve plena convicção do que eu queria, sendo vista pelos outros como uma pessoa de personalidade forte, sincera e decidida.Estranho como uma só pessoa possa ter tido tanta influência sob mim. Será que eu me deixei influenciar tão facilmente assim? Será que eu não era toda essa fonte de força como eu imaginava? Será que eu fui enganada? Ou será que eu me apaixonei, e pra que desse certo mudei tanto?
Prefiro acreditar na última opção.
Eu cansei de me sentir mal, de ser acusada e julgada por coisas que eu não sou! Eu sou um ser humano, e como todos os outros buscam a felicidade. Se eu magoei alguém, não foi por querer. O que sempre tentei foi fazer o melhor, e vou continuar tentando, mesmo que isso nunca seja reconhecido por ninguém.
O que importa é que eu tomei uma decisão, optei por seguir minha vida em frente me desvencilhando de culpas e sensações péssimas que eu vinha sentindo. Uma culpa que eu não sei nem ao certo do que! Estranho pensar e sentir uma coisa pela qual não vejo explicação ou motivo sólido. Estou redescobrindo a beleza de viver, redescobrindo que a felicidade está em mim. E só em mim...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Pensamentos...


Desconfiança
Dúvida
Ciúmes
Angústia
Susto e ao mesmo tempo certeza
Introspcção
Negação
Culpa
Por que?
Raiva
Vazio
Silêncio
Dor
Lágrimas
Vingança?
Eu não merecia
Descrença
Decepção
Desmotivação
Perda
Como pôde?
Lágrimas
Desânimo
Ausência
Ódio
Recaída.
Como pôde?
Por que?
A culpa foi minha?
Onde errei?
Podemos concertar?
Não?
Não!
Não quero mais!
Como assim você não me quer?
Não me procure mais, é sério!
Você o que? Ainda me ama?
Jura?
Mas não, já chega! Acabou!
Lágrimas
Gritos
Ofensas
Recaída.
Cansaço
Fraqueza
Falta vontade de viver
Dúvida
Intolerância
Dor
Lembranças
Sofrimento
Tristeza
Saudades
Solidão.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Pensamentos..

São coisas incontroláveis
Vontades indomáveis.
Tão conhecidas, tão distantes
Me invadem violentamente,
Como uma faca ou uma gota gelada de chuva,
Rasgando, confundindo-se com o infinito
Que nesse momento, define um só ser.

Não sei dizer se foi de tudo sincero.
Se era ou não era pra ser.
O que eu mais queria nessa noite
Era ao seu lado poder adormecer.

Pode até ter sido um erro.
Talvez o erro mais certo da minha vida.
Desejo intenso, inverso.
As vezes contraditório.
E sempre com um estranho ar de patida.

Sinto tanto tudo ter sido tão óbvio.
Por momentos me assusto com a fugacidade dos fatos.
Quando dei por mim, já havia chegado ao fim.
Impressionante como deixa marcado um vazio.
São vestígios de um sentimento efêmero,
Porém puro e legítimo.
Com cicatrizes que nem o tempo será capaz de esconder...