sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

...

Aguardava a chegada.
Uma noite de devaneios diversos, sem muito sono.
Espera desleal, torturante, ansiosa.
Tarefas por fazer, idéias as mais malucas possíveis
Mas nada te tirava dos meus pensamentos.
Nada mais importava,
A não ser a contagem dos segundos para o encontro.

A manhã não passava,
O tempo quando podia, nos atrapalhava.
Cada momento parecia uma enorme eternidade.
Seria uma espécie de saudade?
Saudade de alguém que não se conhece
Mas que sente falta de estar presente?
Não sei, não administro e nem entendo muito bem esses conceitos.

Algumas horas se passaram,
O encontro se aproximava,
A vontade de ter em meus braços transcendia qualquer obstaculo possível
Será que sabia? Que podia imaginar tal vontade?
Como reagiria? Seria algo mútuo?
Ou seria pretensão demais esse desejo?
Pretensão ou não era forte, vivo e difícil de ser contido.

Logo ao longe avistei sua presença.
Seu jeito e olhar não me eram estranhos,
Apesar de nunca antes os terem por perto.
Eu sabia, eu tinha plena certeza de que era certo.
Diante de mim estava noites e dias de sonhos.
Faltam-me palavras para descrever a sensação que tomava conta de mim.
Mistura inexplicável de sentimentos, jamais sentida antes.
Vontade de poder me aproximar
Preocupação por não saber o que dizer ou como me portar
Alegria por algo tão desejado alguns momentos ao meu lado estar.

Logo a timidez se cansou.
Carinhos, carícias, beijos, abraços.
A cúmplicidade era visível,
Não apenas nas deliciosas conversas,
Mas nos olhares, em cada beijo, em cada toque.


A partida era temida, mas necessária.
Promessas foram feitas, desejos reafirmados.
Os últimos carinhos foram trocados.
O que nos resta é a esperança.
Espera do proximo encontro, sempre com a nossa inesquecível lembrança.